Fotos: Miva Filho
Em oficina nesta quarta-feira (21), foi elaborada dinâmica, mediada por consultoria especializada da Ceplan, para apresentar e envolver gestores estaduais sobre nova economia.
A Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha (Semas-PE) de Pernambuco realizou, nesta quarta-feira (21), a primeira oficina sobre “Planejamento Regenerativo para Economia Pernambucana”. O objetivo do encontro tem como pauta central implementar uma nova abordagem para o desenvolvimento econômico do estado, em que o meio ambiente e a sustentabilidade estejam no pilar de todas as decisões e projetos.
Para que seja possível a viabilidade de uma economia verdadeiramente regenerativa, a política pública, capitaneada pela Semas-PE e pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sdec), envolve todas as pastas estaduais, especialmente aquelas que estão na base dos projetos vetores do desenvolvimento do estado. A parceria resultou na contratação da Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan), de Tânia Bacelar, que por sua vez reuniu economistas especialistas nessa nova economia regenerativa e que estão se debruçando sobre as forças e oportunidades apresentadas pelo estado nesse processo de transição de matriz econômica.
Nesta primeira sensibilização, que aconteceu na sede da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), secretários, gestores estaduais e atores do setor privado participaram de dinâmicas para situar as equipes sobre o que seria, de fato, uma transição de Pernambuco para a Economia Regenerativa. Os participantes foram ouvidos com o objetivo de criarmos um modelo de economia regenerativa de Pernambuco personalizado à nossa realidade.
Com sua expertise, Tânia Bacelar e sua equipe trouxe quais são as bases de uma economia sustentável de matriz regenerativa desse modelo econômico, que se concentra na restauração, renovação e revitalização de recursos naturais, sistemas e comunidades. Ela busca não apenas mitigar os impactos ambientais, mas também contribuir para restaurar a saúde dos ecossistemas e a resiliência das comunidades diante de desafios como as mudanças climáticas.
“Até junho nós vamos entregar um plano efetivo de ações, com projetos prioritários, para que possamos redirecionar o vetor de desenvolvimento do estado, que hoje aponta para uma economia tradicional, para passarmos a ter uma economia com um farol para o futuro. E, todos os mercados financeiros relevantes globais, exigem que este futuro seja sustentável, que cuide das pessoas e do meio ambiente, em seus territórios”, disse a gestora da Semas-PE, Ana Luiza Ferreira.
Foto: Rafael Araújo/Secti
Ela lembra ainda que esse planejamento estratégico é a base para o PerMeie, o Plano Pernambucano de Mudança Econômico-Ecológica. “O grande primeiro passo do PerMeie é, precisamente, esse mapeamento e esse planejamento de como Pernambuco vai chegar lá”, ressalta Ana Luiza.
Consultoria especializada
O contrato de consultoria com a Ceplan tem a duração de seis meses e serão entregues três produtos finais: documento base com as visões sobre oportunidades para a transição para a economia sustentável de matriz energética; documento base sobre os potenciais para a transição para a economia sustentável de matriz regenerativa; e um plano de ação com modelo de governança para a promoção da economia sustentável de matriz regenerativa no Estado.
Serão realizadas mais duas oficinas dinâmicas até o fim da consultoria, que devem ser concluídas até julho. O primeiro produto aborda as visões sobre economia sustentável de matriz regenerativa. Ao final deste projeto, objetiva-se implementar, em Pernambuco, o modelo econômico regenerativo que seja resiliente, inovador e inclusivo, valorizando a biodiversidade e os ecossistemas, enquanto promove o bem-estar social e a equidade.