HRJN inova no cuidado neonatal com uso de redes terapêuticas para recém-nascidos

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Estratégia auxilia no sono e na recuperação de pacientes da UCI

O Hospital Regional Jesus Nazareno (HRJN), localizado em Caruaru, no Agreste pernambucano, tem retomado o uso de redes de dormir como parte de um recurso terapêutico para os recém-nascidos internados na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI). Essa técnica, que busca promover o conforto e a recuperação dos pequenos pacientes, consiste em colocar um tecido dentro da incubadora, dispondo como uma rede, para que o recém-nascido fique em posição fetal – semelhante à do útero.

Essa estratégia humanizada faz parte do compromisso da maternidade no cuidado integral de seus pacientes. “As redes simulam o ambiente intrauterino, proporcionando uma sensação de acolhimento e segurança, melhorando a qualidade do sono e colaborando na recuperação dos recém-nascidos prematuros e deixando eles mais tranquilos”, ressalta o coordenador da UCI, Jaldemir Silva.

Segundo a coordenadora do setor de fisioterapia do HRJN, Terciana Lins, os recém-nascidos precisam ter estabilidade clínica e não podem estar na oxigenoterapia. “O uso das redes pode influenciar positivamente no tônus muscular  – estado de tensão ligeira que os músculos mantêm quando estão em repouso; na qualidade do sono, um período extremamente importante para seu crescimento e desenvolvimento; além de auxiliar no ganho de peso e na diminuição da irritabilidade e controle da dor no ambiente da UCI”, explica.

A pequena Ísis nasceu com 34 semanas e dois dias. No primeiro dia que ela ficou na UCI, estava no oxigênio. “Eu nunca tinha visto, foi a primeira vez que vi. A equipe explicou que ajudava no desenvolvimento dela e eu gostei, foi bem legal. Percebi que ela estava mais inquieta e depois que colocou na rede, dormiu mais um pouquinho, passou a tarde todinha dormindo, bem tranquila”, explicou a mãe dela, a autônoma Sara Vitória, de 22 anos. Maria Cláudia, avó da recém-nascida, completou: “Achei que estava bem confortável, estava bem bem à vontade, chega estava com a perninha assim para fora”.

A costureira Larissa Bezerra de Souza, de 27 anos, é mãe da pequena Maria Stella, prematura nascida com 34 semanas. Ela também nunca tinha ouvido falar sobre a redeterapia. “É a primeira vez que sou mãe de bebê de berçário, achei bem bonitinho quando a vi na rede”, relatou.

Novembro Roxo e prematuridade – Com o objetivo de dar visibilidade a esta problemática e sensibilizar para as necessidades e direitos dos bebês prematuros e das suas famílias, 17 de novembro é considerado o Dia Mundial da Prematuridade. Para isso, o HRJN conta até o fim do mês com uma série de ações de sensibilização e treinamentos voltados à equipe multiprofissional.

Fotos: Divulgação/Ascom

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