Central Telefônica do Iassepe e elevadores do HSE contam com colaboradores com deficiência visual

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A Central Telefônica no Instituto de Atenção à Saúde e Bem-estar dos Servidores do Estado de Pernambuco (Iassepe) e do Hospital dos Servidores do Estado (HSE), além dos elevadores da unidade de saúde contam com o trabalho de funcionários com deficiência visual. Ao todo dez pessoas com cegueira ou baixa visão exercem as funções de telefonista e ascensorista, através de um contrato de empregabilidade mantido entre o Iassepe e a Associação Pernambucana de Cegos (Apec).

No exercício das atividades, o esforço para desempenhar o ofício da melhor forma está presente no grupo, que é formado por cinco homens e cinco mulheres. Elaine Diniz, 43 anos, há sete no Iassepe, gosta da área de telefonia e já se sente à vontade na função e no manuseio do aparelho. “O aparelho telefônico, como todos os outros, é normal, tem um ponto sobre a tecla do número cinco para identificar, e através dele localizo os outros”. Desde que nasceu tinha dificuldade para enxergar e ao longo do tempo foi perdendo a visão por completo. “O meu trabalho eleva minha autoestima e o sentimento de ser pertencente ao mercado de trabalho, ser útil à sociedade. Sem contar que é através dele que pago minhas contas”, revela a colaboradora.

Já Aldenice Ribeiro de Andrade, 44, é ascensorista no HSE e portadora de uma doença rara, chamada Stargardt, que causa acumulação de material gorduroso na mácula, parte central da retina, resultando na perda progressiva da visão central. Para ela, o trabalho trouxe um contato maior com as pessoas e a socialização. “Essa oportunidade é uma bênção para mim. Aprendi a interagir mais com as pessoas e a conversar. Procuro ouvi-las, porque muitas estão aqui com parentes internados a muito tempo e precisam de uma palavra, um sorriso”, ressalta Aldenice, que também procura seguir à risca as orientações sobre o elevador: “estar sempre atenta ao chamado dos andares, atenção a porta, e caso falte energia, chamar a manutenção”.

O convênio do IRH (hoje Iassepe) com a Apec iniciou em 1998.  São mais de 25 anos disponibilizando atividades para o público com deficiência visual. O mais antigo deles é Ricardo Alexandre Ribeiro, 49, e há 20 transporta pessoas no elevador do HSE.  “Gosto do trabalho de ascensorista, ele representa minha independência.  Quando tinha dois anos tive sarampo e a doença se agravou, comprometendo a minha visão”, completa o colaborador.

De acordo com Mônica Elisabeth Cavalcanti, gerente Operacional do HSE, e coordenadora do contrato com a Apec, os colaboradores da associação contribuem diariamente para o cumprimento da missão com profissionalismo e dedicação. “Eles são altamente comprometidos, demonstrando sensibilidade, ética e excelência nos serviços prestados ao Hospital do Servidor. Nosso muito obrigada”, destaca Mônica.

FOTO: Dayane Gomes
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