HC-UFPE promove ação educativa sobre Dia Mundial da Tuberculose, 24 de março

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SAÚDE PÚBLICA
Doença infectocontagiosa ainda é um sério problema de saúde pública. Os sintomas mais comuns são tosse com ou sem escarro, perda de peso, febre e sudorese noturna
 
Recife (PE) – Nesta segunda-feira, 24 de março, Dia Mundial da Tuberculose, das 8h às 10h, no hall da Portaria 4 do Hospital das Clínicas da UFPE, o Ambulatório de Pneumologia promoverá uma ação educativa. O evento é aberto ao público e, dentre as atividades, estão incluídas palestra (com a equipe de enfermagem do Ambulatório), dinâmica com perguntas e respostas, além de distribuição de panfletos. “A importância dessa ação para toda a comunidade, não só do HC, é transmitir conhecimento, para que as pessoas entendam o que é tuberculose e como se prevenir”, explica a enfermeira Viterbina Ribeiro, uma das organizadoras do evento.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 10,8 milhões de pessoas foram acometidas pela tuberculose em todo o mundo, no último ano. No Brasil, além do alto número de casos, a tuberculose afeta principalmente populações vulneráveis, como pessoas em situação de rua, presidiários e pacientes com HIV.
Doença infectocontagiosa causada pela micobactéria Mycobacterium tuberculosis (MTB), a tuberculose ainda é um sério problema de saúde pública. Os sintomas mais comuns são tosse com ou sem escarro, perda de peso, febre e sudorese noturna. A doença afeta prioritariamente os pulmões, mas pode acometer outros órgãos. O Sistema Único de Saúde disponibiliza tratamento por meio da rede pública de saúde. O HC-UFPE, administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), possui serviços de referência e especialistas para o atendimento aos usuários do SUS.
A transmissão da tuberculose acontece por via respiratória, pela tosse, fala ou espirros de um paciente infectado. A pneumologista do Ambulatório de Tuberculose do HC Gabrielle Souza esclarece que a prevenção da doença envolve medidas de higiene respiratória, tratamento precoce dos casos positivos e boas condições de saúde e sociais da população, já que o adoecimento está diretamente relacionado ao grau de imunidade.
“A tuberculose é uma doença mais prevalente em países pobres e por isso considerada negligenciada”, afirma a pneumologista. Ela destaca que, desde a década de 90, a OMS lançou uma estratégia de enfrentamento com objetivos que são renovados com certa periodicidade. “Temos estudos em andamento com novas drogas para tratamento e novos métodos diagnósticos, mas ainda estamos longe do ideal quando falamos de inovação no âmbito da tuberculose”, acrescenta Gabrielle.
Prevenção e tratamento
No Brasil, a vacina BCG é obrigatória para menores de um ano, pois protege contra as formas graves da doença na infância. O diagnóstico precoce e o início do tratamento adequado o mais rápido possível ainda são a melhor forma de prevenir a transmissão da doença. Ao apresentar sintomas de tuberculose, é fundamental que a pessoa busque a unidade de saúde mais próxima de sua residência para avaliação e realização de exames.
Hoje, existe um arsenal importante para o diagnóstico e tratamento da doença. Além disso, a incorporação pelo SUS de métodos baseados em biologia molecular para identificação de cepas de MTB e padrão de resistência, bem como testes substitutivos ao teste tuberculínico, para diagnóstico de infecção tuberculosa. Essas inovações têm contribuído para o combate à doença, dando celeridade ao diagnóstico e facilitando medidas preventivas.
A pneumologista Gabrielle Souza complementa que o tratamento padrão da tuberculose é composto por quatro medicações em comprimido que são fornecidas gratuitamente pelo SUS, e que o tempo total de tratamento é de seis meses para as formas não complicadas da doença.
Para a cura efetiva, é fundamental que o paciente siga o tratamento até o fim. Isso evita a recaída da doença e impede que a tuberculose se torne resistente a medicamentos. Quando o tratamento é interrompido, pode levar a formas mais graves e difíceis de controlar, colocando em risco a vida do paciente e de outras pessoas. A cura só é confirmada se o paciente completar o esquema medicamentoso e apresentar exames negativos para a doença.
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