Síndrome do Sofá: o novo ativismo de poltrona

Publicidade

Em tempos de redes sociais, não é raro ver antigos protagonistas da cena política assumirem um novo papel: o de comentaristas oficiais da cidade. Curiosamente, muitos desses “influencers públicos” só descobriram os problemas locais depois que deixaram os cargos e os próprios problemas ficaram.

Esses personagens, agora distantes das responsabilidades que outrora ocuparam, adotaram o confortável hábito de criticar tudo… do sofá. São ágeis no post, rápidos no story e incansáveis na reclamação. Se no passado prometeram mudanças, hoje entregam apenas pseudos likes, comentários e uma boa dose de nostalgia seletiva.

E aí surge o diagnóstico popular: a tal “síndrome do sofá”. Nada médico, claro mas bem sintomático. Trata-se daquela postura em que a pessoa, mesmo tendo tido todas as chances de fazer diferente, prefere agora a crítica diária, como se nada tivesse a ver com o cenário que deixou.

O mais curioso é que, entre uma publicação e outra, quase sempre esquecem de mencionar que muitos dos problemas apontados são heranças da própria gestão. Mas tudo bem. A memória é curta e o feed é longo.

Enquanto isso, a cidade segue apesar das poltronas, das aposentadorias generosas e dos discursos reciclados e o amargor da derrota ainda saliva em seu mundo paralelo.

Publicidade